19/01/2012
in Blumenau, Carlos Tonet, Tonet | Tags: Blumenau, Inri Cristo, Vera Fischer
Volta
e meia, principalmente em datas comemorativas, alguém cita a Vera Fischer como
um dos símbolos históricos de Blumenau.
Vera
Fischer é uma chata pretensiosa, pedante a arrogante, que renega o passado.
Fala
mal da cidade, diz que aqui só tem coió, que somos um bando de jacus, jecas e
asquerosos.
Até
podemos ser isso mesmo, mas ela é o mais bem acabado protótipo da tosquice
humana.
Tem
gente que diz que ela tem talento como atriz. Devem ter visto coisas que não
vi.
Pra
interpretar novelas da Globo não precisa ter talento.
Até
eu, o Zeca Bombeiro e o Paulo França somos capazes de fazer essas tolices.
Vera
fez algumas das mais risíveis e ridículas pornochanchadas da humanidade.
Um
de seus grandes momentos foi filmar pelada dentro de uma cova com o José
(blearghhhh!!!) Wilker.
Vomitei
uns quatro o ovos cozidos de rodoviária quando vi aquilo.
NOSSO
VERDADEIRO ÍDOLO É O INRI CRISTO
Inri Cristo é cult e é trash, mas não é fresco
Se
é pra arrastar nossas bundas atrás de um ídolo que represente Blumenau na mídia
nacional, arrastemo-las pelo Inri Cristo.
Inri
Cristo é de Indaial, mas em suas memórias vive citando sua infância de
verdureiro e entregador de água em Blumenau, nos anos 60.
Inri
Cristo não se envergonha de seu passado de verdureiro, como eu não me
envergonho do meu passado de capinador de roça de milho, ajudante de pedreiro,
peão de olaria, marceneiro e lixador de tamanco de madeira.
Inri
Cristo não se envergonha de Blumenau e registra na memória suas andanças pela
cidade carregando repolhos e alfaces de um lado pro outro e até ajudando a
turma na enchente.
Você
pode conferir detalhes de ruas e personagens da Blumenau do início dos anos 60
através de um delicioso e fofíssimo texto do Inri Cristo no Blog do Adalberto
Day, que reproduzo abaixo.
Esqueçamos
a Vera Fischer, sua antipatia, sua chatice arrogantóide, suas interpretações
cafonésimas e mal enjambradas em novelas de enredo mexicano, suas aparições
pelada em pornochanchadas de quinta categoria que não orgulham ninguém.
Fiquemos
com Inri Cristo.
Inri
Cristo é trash.
Inri
Cristo é cult.
Inri
Cristo é o que há.
Confira
declarações do Inri Cristo sobre Blumenau, enviadas ao Blog do Adalberto Day pela
assessoria dele:
Inri
Cristo lembra com certa nostalgia desse período que entregava verduras ao
Restaurante Gruta Azul que ficava na Rua Marechal Floriano logo depois da XV;
também entregava verduras ao Restaurante do russo Victor Rogouchie que ficava
do lado da Beira Rio e da Praça Dr. Blumenau, onde em 1981 INRI reuniu o povo
para dar um sermão e até parou o trânsito.
Victor
Rogouchi transferiu mais tarde o seu estabelecimento para o Restaurante
Aquarius por ocasião da inauguração do Grande Hotel de Blumenau. INRI entregava
verduras na Alameda Rio Branco, na casa do Dr. Lourival Saade, também para o
Maestrini que se tornou diretor de televisão.
Entregava
verduras até na Boate Imperial, lugar mais inusitado por onde passou nesse
período, que ficava na Itoupava Central depois da Ponte Salto.
Ele
entregava verduras para vários clientes que tinha nas transversais na Alameda
Rio Branco, no Bom Retiro, para o Dr. Moussi, advogado. Nesse mesmo tempo o
Aldolino trabalhava na Rádio Clube de Blumenau. Inclusive INRI lembra que houve
um período por conta das enchentes que ele não podia trabalhar, a Rua XV ficava
toda debaixo d’água.
As
mercearias tinham que retirar todo depósito e colocar no andar superior. A
mercearia Blumenau que ficava em frente do Bola Sete ao lado do Restaurante
Petisqueira, por exemplo, INRI até ajudou a evacuar as caixas de pepinos e
outras conservas. INRI entregava verduras na Rua Nereu Ramos para a viúva do
tabelião Nóbrega.
Nesse
mesmo tempo, além da Rádio Clube e da Rádio Nereu Ramos de Blumenau tinha
também o Zone Cassiano e ele tinha uma espécie de rádio improvisada num carro
com alto falante e andava pelas ruas de Blumenau fazendo concorrência com as
emissoras de rádio. Ele era filho do Cassiano das Neves dono do Ninho da Sorte,
única casa lotérica que tinha no centro da cidade na época.
INRI
diz ter boas recordações da Rádio Clube, naquele tempo a rádio mais respeitada
e ouvida de Blumenau; já a rádio Nereu Ramos não tinha a mesma audiência, cujo
diretor na época era o Lazinho (Evelásio Vieira) tornou-se Senador da
República.
A
Rádio Clube era tradição em Blumenau nos tempos em que INRI era ouvinte, no
período de sua adolescência. INRI até gostaria de ter trabalhado na rádio se o
tivessem convidado, mas quis o destino que INRI passasse a conviver em ambiente
de rádios somente quando iniciou sua vida pública em março de 1969, aos 21
anos. Começou pela Rádio Princesa de Francisco Beltrão – PR, dirigida por
Domingos Bertanholi, que era o proprietário, e a partir de então falou em centenas
de rádios em todo o Brasil. Inclusive falou durante horas na Rádio Nacional do
Rio de Janeiro e na Super Rádio Tupi convidado pela Cidinha Campos em 1981.
INRI
tem muitas recordações de Blumenau onde passara sua infância e
pré-adolescência.
Ele
iniciou sua alfabetização no D. Pedro II e depois o 3° e último ano por motivo
de transferência de residência no Adolph Konder.
INRI
apreciou ver o prédio da Rádio Clube publicado em seu blog e ficou feliz em
constatar que o jornalista Carlos Braga está fazendo um excelente trabalho de
história.
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