Infidelidade (traição
conjugal) é falta de amor próprio? Como INRI se coloca diante disso?
(Emerson - São Carlos/SP)
INRI CRISTO: “A princípio,
a infidelidade conjugal pode aparentar falta de amor próprio, uma vez que a pessoa
terá que conviver com a lembrança de que um dia traiu a quem amava. Isso afeta
sim o interior, o brio, o caráter do ser humano. Todavia, nesse caso, há outros
fatores que predominam, como por exemplo, a natureza volúvel da carne. Durante
os longos anos que fui consultor metafísico, dez anos antes da revelação de
minha identidade que culminou com a alteração de minha vestimenta – quando
assumi, por ordem de meu PAI, SENHOR e DEUS, a indumentária de há dois mil anos
– conheci todo tipo de gente... Conheci mulheres que amavam seus maridos
profundamente, com todas as suas forças, no entanto, numa determinada situação
imprevisível foram tocadas por outro cavalheiro... E porque a carne é fraca,
como eu disse há dois mil anos (Mateus c.26 v.41 e Marcos c.14 v.38),
acabaram cedendo, sucumbindo à fraqueza concernente. Após aquele envolvimento
continuavam amando seus cônjuges, sentiam-se arrependidas, envergonhadas,
porém, já era tarde... Outrossim, conheci mulheres que se acostavam com dois,
três ou mais homens numa noite, a exemplo de Messalina, esposa do imperador
romano Tibério Cláudio. Ela saía durante a noite disfarçada, despojada das
vestes reais e se encontrava com vários homens, voltando para o palácio
insatisfeita, frustada. Portanto, não eram meretrizes, não queriam dinheiro;
eram mulheres vítimas de transtorno psíquico sexual, mulheres “vale tudo”. O
ser humano “vale tudo” é um outro lado a se considerar, seja mulher ou homem,
que socialmente é em geral qualificado como psicopata. Mas não é necessariamente
um psicopata como definido no catálogo psiquiátrico, que mata, rouba,
assassina, tortura sem peso na consciência. O termo “vale tudo” a que me refiro
qualificaria um indivíduo que não se preocupa, que não sente culpa diante de
uma infidelidade ou outro delito. Obviamente, os seres humanos que vivem assim
pagam um preço muito alto, pois no “vale tudo” inclui-se ficar grávida,
contaminar-se com doenças venéreas, sucumbir vítima de crime passional... são
riscos que todos correm quando têm essa vulnerabilidade de caráter. Ademais, a
mulher que pensa antes de dizer não já está perdida. Hoje em dia, quando um
homem convida uma mulher para jantar, já é praxe no menu um encontro na alcova.
Claro que ninguém gosta de se olhar no espelho e dizer: “sou um traidor” ou
“sou uma traidora”. Logo, não é uma questão de falta de amor próprio, e sim de
incapacidade, fraqueza, insegurança... Considerando a natureza psíquica,
diversificação de caráter, personalidade, o amor-próprio nessa questão é a
última coisa que conta. Tem mais a ver com a tentação, como no caso dos obesos,
que são assediados pelos espíritos trevosos da gula no sentido de viver para
comer, e não de comer para viver. Às vezes a pessoa se ama bastante, mas não
tem força para cultivar, conservar o amor-próprio. Por fim, no caso da
infidelidade a palavra-chave é falta de autocontrole, em conseqüência da
fraqueza mental, de caráter.”
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