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domingo, 24 de junho de 2012

Ex-bispo mórmon conta como deixou de acreditar em Deus


Antonio Carlos Popinhaki foi um coroinha que levava a religião muito a sério. “Entre eu e o padre, era mais fácil ele faltar na missa”, disse. Quando cresceu, mudou de religião algumas vezes. Passou por igrejas evangélicas como a Assembleia de Deus, Evangelho Quadrangular e Batista, até aportar na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, a Igreja dos Mórmons. Depois de 18 anos nessa religião, onde foi bispo por 8 anos, Popinhaki, um crente fanático, foi tocado pela razão e deixou de acreditar em Deus.


“Não creio que haja um Deus que ouve nossas orações”, escreveu ele no blog “Sobre o Mormonismo”, onde questiona sua antiga religião. 

“Não creio num Deus que está presente em todos os lugares e que se denomina 'pai de todos'. Não creio nisso. Isso foge à razão.”

Popinhaki acaba de publicar um post onde conta como amadureceu “para uma realidade, num nível mais elevado e racional”. Houve “uma dissonância cognitiva ao inverso”, explicou. 

“[Essa] dissonância ocorre a partir de uma inconsistência lógica entre as suas crenças ou cognições (por exemplo, se uma ideia implicar a sua contradição)”, escreveu. “A consciência ou a percepção de contradição pode tomar a forma de ansiedade, culpa, vergonha, fúria, embaraço, stress e outros estados emocionais negativos. Quando estamos envoltos inconscientemente por uma nebulosa nuvem doutrinária e despertamos para o racional, eu posso dizer que temos uma dissonância cognitiva ao inverso.”

O despertar para a razão levou Popinhaki a dar crédito à teoria da evolução das espécies de Darwin e a dizer que ninguém criou a Terra, que é “um doce acidente do universo”. “As condições para a vida ficaram evidentes quando a água chegou até aqui do universo e toda a crosta terrestre se resfriou.” "Não há criador”, escreveu, admitindo a possibilidade de o planeta ter sido colonizado por extraterrestres.


Popinhaki lamenta a perda
de tempo e dinheiro

Depois de tantos anos dedicados à religião, Popinhaki se tornou um  crítico a qualquer crença que procura se sustentar pela fé.

“Quando vejo um pregador na televisão, por exemplo, pedindo dinheiro em troca de bênçãos, vejo um 'picareta' enganando o povo”, escreveu. “Quando vejo alguém vendendo livros, CDs, DVDs e outras bugigangas em “nome de Jesus”, vejo um espertalhão logrando um tolo ou tolos.”

No perfil do seu blog, Popinhaki lamenta o tempo que perdeu com o mormonismo. “Além do tempo, perdi muito dinheiro em dízimos e ofertas.”








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