TER, 26 DE JUNHO DE 2012 14:56 OSMAIRO VALVERDE DA REDAÇÃO DE BRASÍLIA
Os mesmos circuitos no cérebro que nos permitem ver grupos étnicos de uma pessoa parecem sobrepor-se em outras com melhores decisões emocionais.
O resultado é que as pessoas tomam decisões inconscientes com base na raça de uma pessoa. O racismo é programado no cérebro, dizem os cientistas.
As varreduras cerebrais revelaram que as interações com pessoas de outras origens étnicas partiram de reações que podem ser completamente desconhecidas para nós, mesmo que estejamos conscientes.
A descoberta pode forçar os pesquisadores a pensar sobre o racismo de maneira completamente nova. É possível, dizem os estudiosos, que até mesmo pessoas com atitudes igualitárias possam abrigar racistas em potencial dentro de si sem saber.
Os compostos químicos envolvidos na percepção étnica coincidem com os processamentos de emoções tomadas nas decisões, de acordo com a nova pesquisa.
Os resultados foram publicados na revista Nature Neuroscience e podem levar a novas maneiras de pensarmos nas atitudes que temos de modo não intencional.
A Dra. Elizabeth Phelps, da Universidade de Nova York, e seus colegas revisaram os estudos cerebrais anteriores de digitalização que mostram como as categorias sociais de raça são processadas, avaliadas e incluídas nas tomadas de decisões.
Eles mostraram uma rede de regiões do cérebro chamadas amígdala, córtex pré-frontal dorsolateral e córtex cingulado anterior, mostrando serem importantes na expressão não intencional implícita de atitudes raciais.
Apesar das descobertas, os cientistas garantem que os estudos ainda são modestos sobre o comportamento racial. Nossa mente funciona de modo a confrontar as diferenças de diversos grupos raciais e as pesquisas ainda precisam avançar para entender o motivo que leva alguém a se comportar de modo racista e outra, também racista, segurar seu comportamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário