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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Fármaco derivado do solo das estátuas da Ilha de Páscoa pode tratar o Alzheimer e depressão


TER, 03 DE JULHO DE 2012 20:45 OSMAIRO VALVERDE DA REDAÇÃO DE BRASÍLIA


Um fármaco retirado do solo da famosa Ilha de Páscoa há várias décadas pode ser a nova esperança para o Alzheimer.

A substância pode ter ação de melhora da memória em pessoas mais velhas e até portadores de Alzheimer, é o que afirmam os pesquisadores.

Nos testes em ratos, a droga deteve o declínio na função cerebral à medida que envelheceram, oferecendo uma nova esperança também para o tratamento da depressão.

A droga, chamada de rapamicina, é um subproduto derivado de uma infestação bacteriana encontrada no solo das estátuas da ilha.

O medicamento já é usado em doentes transplantados ajudando-os a evitar a rejeição dos órgãos, mas agora os cientistas declararam na revista Neuroscience que podem usar o fármaco para tratar declínios cognitivos.

Uma equipe da Universidade do Texas acrescentou a droga na dieta de ratos saudáveis e notou grande melhora no aprendizado e na memória dos ratos mais velhos.


Placa na Ilha de Páscoa homenageando os brasileiros pela descoberta da rapamicina. 
Foto: Reprodução/Wikipédia

“Entre os ratos mais velhos que foram alimentados com uma dieta incluindo a rapamicina, apresentaram uma melhoria significativa, anulando o declínio que ocorre com a idade”, declarou a pesquisadora Veronica Galvan ao DailyMail.

Os níveis de serotonina, dopamina e norepinefrina foram maiores em ratos que consumiram o medicamento. Isto pode ajudar a explicar os efeitos sobre a memória e ajudam nas investigações anteriores que já afirmavam que este medicamento poderia reduzir os sintomas do Alzheimer.

A droga também reduziu a ansiedade e depressão. A rapamicina é derivada de uma proliferação bacteriana que ocorreu nas sombras das estátuas da Ilha de Páscoa.

O nome rapamicina vem dos nativos da ilha, Rapa Nui, e foi descoberta em 1965 com esforços de cientistas brasileiros. A substância em si só foi confirmada em 1970. Desde então, cientistas fazem pesquisas nas mais diversas áreas.

Existe uma placa na Ilha de Páscoa que confirma a descoberta brasileira, escrita em português para nos homenagear: “Neste local foram obtidos em janeiro de 1965 as amostras de solo que permitiram obter a rapamicina, substância que inaugurou uma nova era para os pacientes submetidos a transplantes de órgãos. Homenagem dos investigadores brasileiros”.

Para ver a imagem em tamanho ampliado, clique aqui.


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