A pesquisa focou o estudo nas mulheres, mostrando que sempre serão estigmatizadas por terem sido obesas, mesmo estando magras.
O estudo da Universidade do Havaí em Manoa, juntamente com a Universidade de Manchester e Universidade de Monash, analisou se existia preconceito contra mulheres, mesmo após terem perdido quantidades muito significativas de peso, tornando-se magras.
Os cientistas pediram para um grande grupo de pessoas lerem breves descrições de mulheres que perderam mais de 70 quilos, tornando-se magras, outras que sempre tiveram o peso em um patamar saudável e um por último uma mulher que permaneceu com obesidade.
“Ficamos surpresos ao descobrir que as mulheres que estavam atualmente magras eram vistas de modo diferente dependendo de seu histórico de peso”, disse Janet Latner, uma das líderes do estudo.
“Aquelas mulheres que tinham sido obesas no passado eram vistas como menos atraentes do que aquelas que sempre foram magras, apesar de possuírem altura e peso idênticos”, comentou a cientista.
Uma das conclusões mais preocupantes do estudo é o tipo de atitude negativa que foram registradas com pessoas que foram obesas e conseguiram emagrecer.
O co-autor do estudo, o Dr. Kerry O’Brien, disse: “A mensagem que eu ouvi muitas vezes da sociedade é que o peso é algo altamente controlável, mas sabemos que a obesidade leva em consideração fatores genéticos, fisiologia, meio ambiente, tipo de alimentação”.
Os resultados demonstram que o estigma da obesidade residual persiste contra as pessoas que um dia foram obesas, mesmo quando elas perdem grandes quantidades de peso. A “marca” da obesidade é tão poderosa e duradoura que parece sobreviver mais tempo do que a própria obesidade em si.
Dr. Latner acrescentou: “As descrições de perda de peso, como as que vemos frequentemente em programas de TV, podem piorar significativamente o estigma da obesidade. Isso faz com que as pessoas acreditem que um obeso possa perder peso com facilidade”.
O que aparenta é que a publicidade veiculada nos comerciais transmite um reforço no preconceito. Em suma, é como se as pessoas achassem que o obeso não perde peso porque é preguiçoso ou não se importa com seu estado físico. A ciência já sabe que essa afirmação não é verdadeira.
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