SEX, 29 DE JUNHO DE 2012 17:46 OSMAIRO VALVERDE DA REDAÇÃO DE BRASÍLIA
Marcas em ossos de animais ruminantes de hoje lançaram dúvidas sobre a teoria de que os dinossauros eram répteis de sangue frio, assim como cobras e lagartos.
Marcas distintas nos ossos – semelhantes aos anéis encontrados em árvores – tinham sido consideradas como um marcador em animais geradores de calor.
Os dinossauros, de fato, não têm as marcas que são consideradas como “provas” de que eram de sangue frio. Mas um estudo de animais atuais mostrou que as marcas ocorrem em ambos os animais, produtores de calor e de sangue frio.
O fato de que os dinossauros não tinham as linhas de crescimento pausadas foi tomada como prova de que as criaturas tinham sangue frio, mas isso pode estar completamente errado. A descoberta lançou dúvidas sobre o conhecimento dos dinossauros. Quando eles foram descobertos, os especialistas presumiram que tinham sangue frio, assim como outros répteis.
Mas a pesquisa mostrou que os conhecimentos das últimas décadas sugere que eles foram de sangue quente, assim como o velociraptor, famoso por diversas aparições no filme Jurassic Park. A pesquisa realizada com mamíferos vivos refuta a teoria de que os dinossauros eram ectodérmicos – criaturas cuja temperatura interna depende do ambiente externo.
Por exemplo, lagartos e cobras precisam se expor ao sol para se aquecer. Aves e mamíferos, por outro lado, não. Eles podem regular sua temperatura interna, independente da influência externa – obviamente em níveis aceitáveis de temperatura.
O estudo foi publicado na Nature, analisando as linhas de crescimento e suas pausas nos ossos de mais de 100 ruminantes, mostrando presença ou não de indicadores de animais geradores de calor.
A pesquisa é de cientistas da Universidade Autônoma de Barcelona, derrubando o mito de décadas de que os dinossauros eram, com toda certeza, animais de sangue frio.
As marcas usadas como provas são semelhantes a anéis escuros observados em troncos de árvores. Estes anéis são formados, tanto nos mamíferos como em árvores, durante as estações desfavoráveis, quando o crescimento do organismo é prejudicado por falta de recursos ambientais.
“O estudo que temos feito é muito poderoso, tanto em termos de quantidade de material e da diversidade de espécies como as quais trabalhamos, mas não projetamos inicialmente para encontrar uma resposta sobre a termofisiologia dos dinossauros. Procuramos entender melhor a fisiologia dos mamíferos existentes e como o ambiente os afeta”, disse Dr. Meike Kohler ao britânico DailyMail.
Existe uma forte discussão sobre o assunto na comunidade científica e não é de agora que os cientistas lançavam dúvida se os dinossauros realmente possuíam sangue frio. A atual pesquisa ajudará a compreender melhor a dinâmica fisiológica dos dinossauros, fornecendo dados preciosos para provas definitivas sobre o dilema.
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