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sábado, 30 de junho de 2012

A ‘Síndrome do Coração Partido’ pode proteger seu corpo após um grande abalo emocional


SEX, 29 DE JUNHO DE 2012 13:46 OSMAIRO VALVERDE DA REDAÇÃO DE BRASÍLIA


Pessoas que sofrem de dor intensa após a morte de um ente querido afirmam sentirem dores semelhantes aos sintomas de ataques cardíacos.

Cientistas que estudam a ‘síndrome do coração partido’, descobriram que a condição pode realmente ter efeito protetor, ao contrário do que é pensado.

Cerca de 2% das pessoas que inicialmente sofreram um ataque cardíaco são diagnosticados com a síndrome, também conhecida como cardiomiopatia de Takotsubo.

Pacientes, principalmente mulheres mais velhas, apresentam os sintomas semelhantes a um ataque cardíaco, mas os testes não revelam nenhuma obstrução nas artérias coronárias – em vez do coração ter uma aparência de balão, sua forma é distorcida, não permitindo a correta contração, provocando a dor.

A mesma condição é, muitas vezes, visto em pessoas que sofrem de reações alérgicas graves e precisam de injeções de adrenalina.

O Imperial College de Londres estudou a síndrome em ratos e sugere que o corpo muda sua resposta à adrenalina, passando de sua função habitual em estimular o coração, reduzindo assim o seu poder de bombeamento.

Embora isso possa resultar em insuficiência cardíaca aguda, a maioria dos pacientes se recupera completamente em poucos dias ou algumas semanas. Os cientistas acreditam que esse fator possa ter evoluído para proteger o coração de excessivas estimulações por doses particularmente altas de liberação de adrenalina durante fortes situações de estresse.

“O efeito estimulante da adrenalina sobre o coração é importante para nos ajudar a obter mais oxigênio em todo o corpo em situações de estresse, mas pode ser prejudicial se for por muito tempo. Pacientes com cardiomiopatia de Takotsubo, a adrenalina provoca um funcionamento diferente, diminuindo os batimentos do coração, e isso parece proteger o coração de uma overdose de estimulação”, comentou o professor Sian Harhind, um dos chefes da pesquisa em declaração ao portal DailyMail.

Os investigadores estimularam ratos anestesiados com altas doses de adrenalina. Observou-se que a contração do músculo cardíaco foi suprimida em direção ao fundo do coração, tal como ocorre em pacientes com a síndrome de Takotsubo.

O estudo sugere que o coração é protegido de níveis fatais de hiperestimulações provocados por adrenalina através de vias diferentes das habituais, ativando uma espécie de “interruptor” que protege o coração das doses que seriam tóxicas e letais.

O estudo foi publicado na revista Circulation.

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